agosto 24, 2020

Please break my heart

Eu não tenho sorte no amor. Isso é um fato irrefutável e pode ser comprovado por pelo menos cinco dos meus amigos mais próximos, mas, para além disso, eu também não sei lidar com o amor. Não sou boa em cantadas, não sou boa em flerte, minhas conversas com paqueras do tinder duram no máximo duas semanas e, quando não sou eu que perco o interesse, são os outros que me deixam no vácuo e somem. Dito isto e adicionando o outro fato de que eu não era nada atraente (pelo menos eu nunca me achei) até meus 17 anos, vocês devem ficar surpresos que a primeira vez que eu quebrei um coração foi quando eu tinha uns... 8 anos. E foi um pouco traumatizante, acho que por isso eu fico um pouco receosa ao falar com as pessoas hoje em dia? Quem sabe.

Eu não ia usar essa história para essa postagem, mas, não estava conseguindo estruturar a outra e, tecnicamente a outra presepada que eu ia contar não é realmente a primeira vez que eu quebrei um coração (mas, foi mais dolorida, gotta admit that), então chegamos nessa aqui que foi, no mínimo, awkward (do english: constrangedor demais, essa lembrança me atormenta as 3 da manhã de dias aleatórios onde eu só quero descansar).

Era aniversário de um dos meus melhores amigos daquela época, Augusto, nós morávamos no mesmo condomínio então fui chamada só pra um bolinho simples na casa dele, entre a família e mais um amigo dele, Patrick, que era da nossa idade.

Eu não lembro muitos detalhes, só sei que em um dado momento eu estava jogando no computador junto com o Augusto no quarto dele quando a mãe do Patrick me chamou pra ir até a sala eu, como uma boa menina apesar de confusa, a segui. Quando cheguei lá a seguinte cena acontecia: a sala estava cheia com todos os parentes do Augusto, ninguém que eu já tenha conhecido antes além da mãe dele, os pais do Patrick e o dito cujo estava ajoelhado no meio da sala me esperando. E assim, do nada, ele me pediu em namoro.

Ali.

No meio de um monte de adultos que estavam segurando a risada, ele me pediu em namoro e eu fiquei completamente paralisada, eu não tinha o que falar porque, primeiramente, eu nem era tão próxima desse garoto! Segundo, por Deus, eu tinha oito anos!

E então, no meio do meu suor frio e o mini ataque de ansiedade, eu comecei a inventar desculpas de que "não dava" porque eu era mais velha que ele - na minha cabeça, pra namorar tinha que ser da mesma idade e fez muito sentido naquela hora desesperadora - porque no próximo ano nós não teria como ficarmos juntos e etc. 

Naquele momento eu só queria correr dali e me esconder, foi completamente embaraçoso, ainda mais quando a mãe dele começou a tentar explicar pro menino porque eu não queria namorar com ele e todos os adultos ali segurando as risadas enquanto eu passava a maior vergonha da minha vida (até aquele momento).

Depois do fora, eu saí dali e voltei pro quarto onde, um pouco depois, o garoto ficou tentando passar a mão em volta dos meus ombros enquanto eu estava sentada e eu segui me esquivando o máximo possível alegando que eu estava dançando a música do jogo no computador.

Depois disso, eu não lembro mais do que aconteceu, eu passei a me afastar do garoto e nunca mais toquei nesse assunto, depois desse ano ele mudou de escola. Quando eu voltei pra casa, naquela noite, eu falei pra minha mãe e fui zoada pelos meus irmãos por ao menos um ano e meu pai ficou um pouco intrigado com isso: lê-se deu aquele pequeno piti de pai ciumento.

Uma coisa que eu nunca entendi, que penso até hoje, foi como aquele garoto pensou que isso daria

Aqui uma foto minha
daquela época
certo? Porra, eu não era próxima dele, a gente conversava mais por sermos ambos amigos do Augusto e é isso, eu nem sequer gostava de nenhum dos dois dessa forma. Claro, éramos crianças e isso na nossa cabeça novinha faz muito sentido, é uma história de amor que acontece como vemos nos filmes, mas... isso meio que se repetiu mais pra frente. Não sei, namoro é algo muito sério pra mim, não é algo que você tem com a pessoa a menos que os dois se gostem de verdade e essa coisa de se declarar >do nada< sem ter nada que aponte a isso além dos seus próprios sentimentos não faz qualquer sentido pra mim.

Por que homens são assim? Não tive esse problema com garotas - apesar de, por experiência própria - garotas são muito mais malvadas hahahahaha -cries in bissexual.


E essa foi a história de como minha desastrosa vida amorosa se deu início, sim, sou um prodígio. Não foi tão impactante assim, mas, se você se imaginar na minha pele (uma garota tímida de oito anos) você consegue entender meu desespero. 

Era para eu ter postado isso dia 15, mas, me bateu um desânimo gigantesco que me assolou até ontem mais ou menos, não consegui fazer nada, me desculpem por isso. Ah, e essa postagem faz parte do projeto Together que eu recentemente me inscrevi!

Tenho mais uma postagem programada pra esse mês, não sei se vou conseguir terminar a tempo (falta só uma semana pra acabar agosto, welp), torçam por mim!

Esta postagem faz parte da Blogagem Coletiva de Agosto do Together, um projeto para unir a blogosfera! Para saber mais, clique aqui!


2 comentários:

  1. Agosto esse ano passou tão rápido quanto uma flecha mas olha Neko, se te serve de consolo eu também tava desanimada esse mês, e a gripe que eu peguei meio que só melhorou esse estado. Se bem que agora que o tempo abriu aqui na cidade estou mais empolgada, enfim estou contente em ler a sua primeira participação no Together!

    E estou realmente surpresa de um bando de adultos acharem que era uma boa ideia deixarem uma criança fazer esse tipo de declaração, num momento como aquele e se reunirem para assistir isso (!!!) eles deveriam ter incentivado tudo para rirem depois numa rodinha de cerveja, só pode!

    Ai Neko, eu provavelmente sairia correndo no seu lugar, nem conseguiria articular uma frase, ai que situação embaraçosa, pior até de quando minha prima disse pro garoto que eu gostava dele e ele disse que não gostava de mim e eu fiquei com vergonha de ir para escola (e curiosamente o garoto que eu gostava e o que te pediu em namoro compartilham do mesmo nome). Argh! Eu espero que em algum momento você tenha uma experiência positiva Neko, e que nenhum coração termine quebrado no final ;w;

    O amor é complicado, se apaixonar é complicado. Sentimentos são complicados. Definitivamente.

    Mas sabe de uma coisa, de todas as minhas experiências falhas que nunca chegaram a uma declaração eu percebi que em se tratando de relacionamentos, tudo é uma primeira vez. Pensando dessa forma, qualquer falha ou acerto não chega a ser algo realmente desastroso, por mais marcado que isso fique na memória.

    E respondendo ao seu comentário, obrigada por me explicar sobre o LOL, meu amigo já fez isso no passado mas mesmo assim eu continuo não gostando? Sei lá, eu não me dou bem com jogos mesmo. Qualquer jogo que seja.

    E realmente, ir a um show foi uma grande aventura! Tenho certeza de que mesmo você dizendo que não mora longe do Jabaquara eu iria me perder até achar onde você mora KTORTKROEWTKEO mas acho que mais incrível que isso foi o meu pai todo bobão contando pra pessoas que eu tinha ido ao meu primeiro show :')

    Beijos, Snow!

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    1. Eu nem acreditei que passou tão rápido, não faz nenhum sentido, Agosto era o sempre o mês mais lento, mas acho que esse ano realmente virou as coisas de cabeça pra baixo!

      REALMENTE! Tenho completa certeza de que essa situação deve ser assunto até hoje entre o garoto e a familia dele.

      Meu deus do céu, Snow, só falta a cria ser a mesma HAHAHAHAHA imagina só? Essa de ficar com vergonha de ir pra escola eu já tive também, mas foi quando fiquei um pouco mais velha.
      Também espero, HAHAHAAH. Acho que devo dar tempo ao tempo? Deixar as cosias acontecerem, uma hora eu acho minha cara metade.

      Realmente, apesar de não saber exatamente o que eu posso tirar dessa primeira experiência eu definitivamente consigo tirar algum ensinamento de outras que tive (Essa a gente deixa em off e ri mais tarde)

      HAHAHAHA entendo, eu gostei de LOL de primeira apesar de ainda achar complicado, mas sou suspeita pra falar porque eu gosto de jogos em geral, qualquer coisa me impressiona fácil!

      Olha, eu não duvido muito, São Paulo é muito complicada, muitas ruas, muitos nomes, muitos caminhos escondidos, eu me perco aqui e olha que moro minha vida inteira nessa cidade!
      Aaaaaah cara, que coisa fofa seu pai, quero abraçar! HAHAHAHA :'''')

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